Max Lucado - Aliviando A Bagagem
Nunca viajei sem bagagem.
Tentei. Acredite-me, eu tentei. Porém, desde que levantei três dedos no ar e fiz o juramento do escoteiro, prometendo estar preparado, determinei-me a ser
exatamente isto: preparado.
Preparado para um bar mitzvah, uma apresentação de bebê, ou uma festa a rigor. Preparado para saltar de pára-quedas atrás das linhas inimigas ou entrar numa
competição de críquete. E, para o caso de o Dalai Lama estar em meu vôo e convidar-me a jantar no Tibete, carrego raquetes de neve. É preciso estar preparado.
Não sei como viajar sem bagagem.
Verdade seja dita, há um monte de coisas sobre viagens que eu não sei. Não sei como interpretar as restrições de um assento super econômico - metade do preço se você iaja na quarta-feira, durante a temporada de caça ao pato, e regressa na lua cheia, num ano sem eleição.
Não sei porque não constróem o avião inteiro com o mesmo material que usam para a caixa preta. Não sei como escapar do banheiro de um avião sem sacrificar um dos meus membros às mandíbulas da porta de duas folhas. E não sei o que dizer a camaradas como o taxista do Rio, que percebendo ser eu americano, perguntou-me se eu conhecia o seu primo Eddie, que mora nos Estados Unidos.
Há muita coisa sobre viagem que eu não sei.
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